Seja para morar ou como investimento venda de imóveis se mantém em alta
O mercado imobiliário esteve na contramão da economia brasileira em 2021. E isso foi ótimo para o setor, que observou expansão nas vendas e no lançamento de novas unidades enquanto o País patinava nos seus principais índices econômicos.
Nem mesmo o aumento considerável no preço dos insumos foi capaz de impedir o bom ritmo do mercado de imóveis, que se mantém aquecido mesmo em um ano eleitoral – e sob forte inflação e alta nos juros.
O ano passado foi um ano de recordes. Segundo dados da Associação Brasileira de incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o País registrou alta de 27% no número de lançamentos de imóveis em 2021 na comparação com 2020, totalizando 153,7 mil novas unidades.
As vendas líquidas, ou seja, que excluem os distratos, subiram 4,5% e atingiram o total de 126,7 mil unidades vendidas durante o ano passado.
Só na cidade de São Paulo, segundo o Sindicato da Habitação (Secovi-SP), que é o maior mercado imobiliário do Brasil, os lançamentos cresceram 36% e as vendas, 29% em 2021. Tudo isso como reflexo dos juros considerados baixos, o que atraía o consumidor para as principais linhas de financiamento.
O que chama a atenção é o comportamento do consumidor brasileiro de manter a intenção de comprar um imóvel mesmo com a taxa básica de juros (Selic) em 11,75% ao ano.
Ou seja, nem mesmo com o encarecimento do financiamento, o brasileiro deixa de enxergar a aquisição da casa própria como um grande investimento – senão o maior de todos – e como principal modo de ampliar o patrimônio.
“Existe uma cultura consolidada no Brasil de que possuir uma casa própria é sinônimo de estabilidade, de segurança, de realização pessoal e familiar. Muito mais do que um grande sonho, a decisão racional de efetivar uma compra de imóvel mesmo com taxas de juros bem mais altas que as observadas até o início da pandemia comprova que esse tipo de negócio é uma prioridade”, analisa Carlos Massini, advogado especialista em mercado imobiliário, diretor executivo da CICOM Habitacional.
Os números confirmam essa visão. A pesquisa da Abrainc indica que 69% das pessoas que compraram imóvel em 2021 manteriam o negócio se a taxa de juros aumentasse 0,5%; e que 65% faria o mesmo caso ela aumentasse 1,5%. Para isso, 58% aceitariam renegociar o financiamento, alongando o prazo para pagamento, para conseguir manter o valor da parcela em nível mais baixo.
O Residencial Fazenda da Serra, empreendimento da CICOM Habitacional, em Guarulhos (SP), é um exemplo dessa situação: com a grande procura pelas unidades do edifício, que possui privilegiada localização, equipamentos que garantirão o conforto e a comodidade dos moradores e o acesso a áreas verdes, a empresa vai agilizar a entrega das unidades através de um aporte firmado com um grupo de investimentos e que vai além de acelerar e reduzir o prazo de entrega da obra, vai dilatar a forma de pagamento aos interessados.
“Em um momento em que passamos a sentir com mais intensidade os efeitos da instabilidade econômica, fomos atrás de conquistar, maior segurança, confiabilidade e agilidade na obra e em seus processos. Essa parceria permite que os associados tenham a oportunidade de receber a chave de suas unidades em mãos com muito mais rapidez, gerando uma ótima experiência”, avalia Massini.
Para as construtoras e incorporadoras, a prioridade é manter o nível de lançamentos elevado para atender a constante demanda. A expectativa é seguir com o número de postos de trabalho em nível alto, mantendo o ritmo conquistado durante a pandemia, apresentando o máximo de diferenciais possíveis para atrair os consumidores.
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