Quando falamos em trabalho voluntário, qual é a primeira imagem que vem na sua cabeça? Alguns podem pensar em pintar paredes de instituições ou distribuir alimentos para comunidades em situação de vulnerabilidade social. Esse é um tipo de contribuição, mas você já pensou em apoiar alguma ONG colocando em prática o que você faz de melhor?
Essa foi a ideia de Ana Paola Leite Cesar. No final de 2018, depois de se dedicar por vários anos ao mercado financeiro, a executiva decidiu tirar um ano sabático e realizar um trabalho voluntário. O objetivo era usar sua expertise para impactar positivamente o Terceiro Setor.
Ana conta que o primeiro filtro para escolher uma instituição foi o foco em educação. E o fator decisivo para optar pela ONG LAR da Benção Divina foi a seriedade: “Conheci a administração e percebi o profissionalismo e o planejamento da instituição”.
O que antes era para ser apenas um projeto na governança da área financeira do LAR expandiu-se para um apoio constante; em 2020 ela já completa um ano na ONG, mesmo agora tendo a própria empresa. A visão de especialista de Ana faz com que a instituição se torne ainda mais profissional e com o uso eficiente dos recursos, aproveitando-os ao máximo.
Ela orienta na prestação de contas interna, gerenciamento do caixa, melhorias nas planilhas, apresentação de resultados, preparação para reuniões, análise de dados financeiros e documentos. “Trabalhei por muitos anos em uma indústria muito exigente com seus profissionais. Aprendi muito e eu sei que o ferramental que construí não está disponível para todo mundo”.
Para aqueles que têm interesse em seguir os passos da Ana, mas não sabem por onde começar, ela orienta: “Cada pessoa tem uma área que faz bem feito, seja profissional ou hobby; algo que acredita e pode deixar de legado”. Ela conta que não é necessário dedicação integral e um pouco que você possa contribuir já faz a diferença: “o ótimo é inimigo do bom”.
A experiência de voluntariado de Ana mostra que mesmo em meio à pandemia e de forma remota é possível apoiar instituições sociais. As ONGs precisam de doações monetárias, mas também de profissionais qualificados que as façam crescer. A voluntária ainda completa: “Faço com imenso prazer, dar para a sociedade o que eu posso contribuir, o que está dentro de mim”.
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