Dados oficiais indicam que 1% da população mundial sofre com essa doença (SBD), que não é contagiosa e não tem sintomas além da despigmentação da pele na maioria dos casos. Em alguns pacientes ela causa sensibilidade e alguma dor nas áreas afetadas.
As lesões cutâneas se formam devido à falta ou diminuição dos melanócitos, “que são as células responsáveis por formar a melanina – pigmento que dá cor à nossa pele – nas regiões corporais afetadas”, explica Seomara Catalano, médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, Coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Dermatologia e Cirurgia Dermatológica das Faculdades BWS.
O vitiligo, doença autoimune que não tem suas causas muito bem esclarecidas, deve ser tratada por dermatologistas, porém sabe-se que traumas emocionais e estresse podem ajudar a desencadear o quadro clínico. Por isso os casos têm se agravado muito na pandemia, com aumento das lesões nos portadores e diagnósticos novos.
Deve-se levar em consideração a insegurança, o desconforto social devido ao preconceito e à vergonha que o vitiligo ainda causa em diversos portadores. Muitas vezes a ajuda de acompanhamento psicológico torna-se importante aliado durante o tratamento.
A doença apresenta-se em ciclos, costuma ter seu início nas extremidades das mãos, pés, nariz e pode acometer um dos lados do corpo ou os dois lados, como é mais comum, por exemplo: as duas mãos, os dois pés e os dois joelhos. Com o decorrer dos anos, ocorre um aumento nas áreas sem pigmentação e ciclos com mais ou menos pigmentação.
O tratamento do vitiligo é individualizado e entre as opções estão medicamentos que induzem à repigmentação da pele afetada, tecnologias como laser e técnicas cirúrgicas, entre outros.
Por não existir prevenção, “pessoas que têm na família histórico da doença, devem ficar atentas aos pequenos sinais (como lesões sem pigmentação na pele) e realizar visitas ao dermatologista para diagnóstico e tratamento precoces”, afirma Seomara Catalano.
Esse grupo de pacientes também deve evitar a exposição solar, assim como o uso de roupas justas e que causem pressão sobre a pele do corpo e, sempre que possível, evitar o estresse.
Sobre a Dra. Seomara Catalano
Médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, Coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Dermatologia e Cirurgia Dermatológica das Faculdades BWS
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